Sou fisioterapeuta há 17 anos, nos quais redescobri o significado da minha profissão de diferentes perspectivas, começando pela fome de saber tudo e pensando que só eu sabia o que um paciente precisa, depois compreendi que o paciente é mais do que a sua doença e finalmente compreendi que a fisioterapia não é apenas física, mas também tem uma forte intervenção na saúde mental, compreendendo que todo o movimento está relacionado com as nossas emoções e as nossas emoções com o nosso movimento corporal.
A fisioterapia não é apenas um instrumento médico que nos ajuda a melhorar o nosso organismo, ela não só equilibra as nossas forças e movimentos. É a união da arte e da razão. É a capacidade homeostática da ciência e do coração.
A fisioterapia não cura apenas o corpo, cura a alma com compreensão, com paciência, com esperança, com sentido de vida.
Através da paciência e objectividade do fisioterapeuta, estabelecemos metas e exigências ao paciente, as nossas próprias para ajudar a melhorar a saúde e também a auto-imagem do paciente.
Tornamo-nos o amigo que o ouve, o pai que o olha com ternura e compaixão, somos um companheiro de guerra que se senta ao seu lado para curar as suas feridas e para mostrar que a medicina é mais quente e mais próxima do que parece.
Uma das coisas mais nobres que nós fisioterapeutas fazemos é ajudar a encontrar sentido na vida através das capacidades residuais que o paciente tem. Sabemos como ouvi-los e compreender o que lhes falta para os reintegrar na sociedade. Queremos conhecê-los a partir de um sentido profundo, queremos que transcendam através da sua condição e com ela que voltem a acreditar nas suas capacidades e manifestações.
A fisioterapia não é uma acumulação de instruções, não é uma receita, é o planeamento perfeito e concreto da nova condição do paciente, com conhecimentos científicos e sociais que envolvem o ambiente do paciente. Não é um tratamento generalizado, é a execução de um plano individual baseado na experiência e sonhos dos nossos pacientes, sempre com a clareza e certeza dos objectivos propostos, sem gerar frustração e desânimo.
O fisioterapeuta é uma chave importante na equipa interdisciplinar do paciente, ele é o facilitador do entendimento entre o médico, a família e o paciente. Torna-se cúmplice de ambas as partes, mas sempre com o firme propósito de explorar o melhor da situação e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O fisioterapeuta é uma chave importante na equipa interdisciplinar do paciente, ele é o facilitador do entendimento entre o médico, a família e o paciente. Torna-se cúmplice de ambas as partes, mas sempre com o firme propósito de explorar o melhor da situação e melhorar a qualidade de vida do paciente. A capacidade do paciente de transcender juntamente com a empatia do fisioterapeuta faz de cada tratamento uma experiência de vida para ambos. A escuta e o companheirismo que vem com tal equipa exemplifica que a ciência e a esperança temperadas com paciência nunca poderiam ser separadas.
Mariló